sexta-feira, 12 de março de 2010

AMIGA



Tirada de uma cidade grande e jogada nesse lugar no meio do nada onde as pessoas estão sempre interessadas em seus atos e desvios.
Tirada felizmente de um convento de freiras amavelmente insuportáveis. Jogada delicadamente em festivo local onde os sexos são misturados sem nenhuma proibição ou vergonha, nesse mesmo momento você não se encontrava. No terceiro dia do ano letivo e você não estava, mas já no dia seguinte sabia da nova integrante em seu território, e que fixava moradia no meio do nada como você. Sei que a presença não foi bem vinda aos teus olhos, mas diante as circunstancias fez-se a união e sem o conhecimento de que duraria tanto estão a levar essa amizade. Você uma pessoa difícil, extremamente acolhedora e fiel a outra parte também difícil, mas a definiria melhor como mutável, inconstante, com asas feitas para voar alto, mas que precisam sim ser podadas. Costuma dizer que uma é o acelerador e a outra o freio e assim se completam, assim vivem se entendendo apenas por um olhar, a quem não acredite, mas em diversos momentos uma lê o pensamento da outra e por aí se sente que a verdadeira amizade mora ali. De certo que ela é uma das poucas que a entende, a que nunca cansa dessas férias idiotas que tendem a persistir por várias e várias vezes e tendo fim às tais férias ela está ali do mesmo jeitinho pronta, de braços abertos para receber com a mesma amizade e o mesmo sentimento, mas que ela tenha certeza de que se as férias acontecem não é por amar menos ou por não levar a sério e sim por necessidade de alguém tentando se encontrar e se entender o que não costuma adiantar nessas andanças. E quando volta não é só por que está mal ou sozinha, por que sozinha gosta de estar e isso não é problema e pode ser solucionado. Volta por que ama, por que não consegue ficar sem a chatice dela, sem a insuportável mania às vezes de querer tratar uma mente sem jeito. Volta, pois o local que mais se sente segura para chorar, para falar de seus tropeços, frustrações e sentimentos que não consegue demonstrar é esse colo magro onde nunca mais se quer tirar férias novamente. Agradecer a Deus por ela existir seria pouco, então vai estar alguém sempre aqui pra ajudar, ouvir, orientar, não a dar vôos altos e sim guiar pelos caminhos mais planos e perfeitos para que seja vista sempre feliz e sorridente, pois o amor é imenso. Amiga assim desse porte nunca foi visto por essa pessoa que aqui vos fala e que espera estar fazendo tudo de melhor para acertar e não magoar mais. Eu te amo, minha magrela!