terça-feira, 22 de novembro de 2011

Inspiração...

Pois bem, cá estou após uma onda brochante de inspiração. Ao contrário do que pensam ela não fica ao meu lado 24h e nem vem por invocação. E é de repente. Uma avalanche de palavras borbulhando na minha cabeça desgovernadas e fascinantes. Escrever é um vício, falta de inspiração é crise de abstinência. Escrever é como eternizar sentimentos e conflitos tentar demonstrar de outra forma se torna em vão. Passar para o papel todo o luxo e o lixo aqui de dentro é como tirar um entalo da garganta, todos os sonhos, pesadelos, desgosto, sofrimento e amor...
Diagnósticos sobre a minha estranha falta de criatividade foram citados. Talvez algum momento de desmotivação que me fez ficar inerte a tudo, até ao que eu mais apreciava. Outros apostaram que fosse falta de sofrimento e solidão. De fato que a dor aflora a criatividade (textos maravilhosos escrevi em momentos depressivos). Inúmeros autores eram solitários e tristes, alguns até me servem de inspiração. Não chego aos pés de nenhum. Alguém me questiona: Nada em comum? Sim, a necessidade da escrita a facilidade de expor emoções através de textos. Hipergrafia... Ouvi certa vez de um terapeuta. Que seja. Sendo uma doença ou não agradeço a cada segundo o pouco do dom (não o tanto que gostaria) que tenho de querer e poder escrever e assim remediar conflitos internos. E sendo assim essa fase de turbilhão literário renderam alguns textos (espero bons).
E como sempre faço, peço desculpas àqueles que preferem palavras ditas, não sou boas com elas. Uma certeza é de que existirão mais verdades em meus textos do que o que digo olhando nos olhos de outrem.

T. Brum

"Quem gosta de escrever é um viciado, não consegue mais deixar. Se lhe falta o papel, falta-lhe o chão, se lhe falta a letra, falta-lhe o ar... Errado ou certo, importa que quando sua alma sorri ou chora haja sempre uma caneta por perto..."
Sônia Schmorantz